Minha opinião sobre a importância que se dá ao nome e ao logotipo das marcas causa um pouco de polêmica, principalmente entre os designers e publicitários. Essa matéria do Estado de Minas de domingo reforça um pouco esse meu pensamento.É claro que não sou xiita o suficiente para dizer que "qualquer nome ou qualquer logo" servem. Tenho a consciência de que ajudam no processo de posicionamento e tudo mais. Mas se eles são supervalorizados? Ah... isso com certeza. Até porque 98% das pessoas (com excessão de nós comunicólogos) não tem a mínima noção da história por trás dos nomes e logomarcas, o que cada coisa simboliza (como no caso da Mercedes citado na matéria). Para a grande massa, são apenas nomes e símbolos que diferenciam a marca A da marca B. Eles não sabem que o nome ??? vem do tupi, que quer dizer sei lá o quê. Daí minha visão de achar exagerada e quase uma picaretagem essas disciplinas de naming ou similares. Tenho uma certa birra com isso.
Uma marca não precisa ter um primor de logomarca ou nome. Muito pelo contrário! Basta pegar as marcas mais valiosas do mundo e dar uma olhada. E mesmo quando pensamos que "ah, olha que nome bem pensado, tem tudo a ver !", podemos descobrir que foi tudo por acaso (como no caso da Sadia). E muitas marcas quebram qualquer projeção de insucesso, como o caso da Maizena: "Tinha tudo para dar errado no Brasil, desde as propagandas incentivando as crianças a tomarem mingau para engordar até a grafia equivocada, que deveria ser escrita com “S”, em português. Deu tão certo, entretanto, que, passados 126 anos, muitos brasileiros adotaram a grafia do produto em inglês, que vem de 'maize', o mesmo que milho."
A discussão rende um bocado. Difícil mensurar em porcentagem qual a importância de um nome bem escolhido, de uma logo bem resolvida, de um slogan. Mas sei que no processo de gestão de marcas, o nome/logo é um mero detalhe.
12 comentários:
Como estudamos no ano passado inteiro (rs), não é um nome ou logotipo que determina o sucesso de uma marca. Mas quando há um trabalho consistente de naming e design da marca, isso contribuiu para a identificação do consumidor. Agora, há casos de marcas cujo design são um desastre, mas que são bem sucedidas. Carrefour, por exemplo. Quem engole aquela marca???
Eu sei que não é o que determina o sucesso. Mas mesmo uma logomarca péssima ou um nome fraco não interferem no insucesso, como aprepoam muitos.
A logo do Carrefour não interfere 0,0001% nas vendas. A birra nesse caso fica só entre os publicitários. Muita gente nem sabe o que tem lá (daí a comunidade A farsa da marca do Carrefour no orkut). O nome é totalmente estranho ao público e nem por causa disso altera alguma coisa.
Exemplos de "trabalho consistente de naming e design" ? Que realmente contribuem para a marca, principalmente dentre as marcas + valiosas do mundo?
É isso mesmo que eu to falando...muita gente nem sabe que a marca do Carrefour é um "C"! Mas só os publicitários e designers prestam atenção nisso.
Sobre bons exemplos, lembro da Apple e da Absolut. Aí, no caso, não entra só o trabalho de criação, claro...
Tem um livro muito bom chamado "Estética do Marketing" que fala sobre isso. Recomendo a leitura a todos.
Abs.
Na verdade acho importante a marca ter uma história para contar. As vezes o branding/naming fica mais importante do que o produto em si...o que acho errado. Seth tava comentando hoje sobre o filme Wall-e da Pixar...vale a pena dar uma olhada.
www.sethgodin.com
Na minha opinião, o desing e o nome definirão o posicionamento, e não o sucesso ou insucesso da marca (apesar de contribuir pra isso).
Eles não definem, mas refletem o posicionamento...
90% dos nomes principalmente não refletem o posicionamento nem nada. As logos uma porcentagem menor, mas ainda assim.
Depende do ponto de vista. Reflete o posicionamento da empresa. Define esse posicionamento na mente do consumidor. É diferente.
Design e naming... Ainda acho que quem manda bem nesses itens sai na frente. Mas é aquela coisa néh, toda regra tem excessão.
O nome Mercedes-Benz e a logo. Acha que reflete algum posicionamento?
É uma das muitas excessões. Eu acredito que o sucesso dessas marcas tem muito mais a ver com as variáveis socio-políticas da época do que com qualquer outro fator.
Teremos mais exceções do que regras hehehe.
Não precisa ir logne não. Para não ficar nas "variáveis socio-políticas da época do que com qualquer outro fator", analisemos o caso Google. Temos vários outros exemplos de marcas recentes.
Com o Google (e seu caráter de vanguarda), pelas inovações que trouxe, facilitando a vida de milhões de pessoas, não poderia ser diferente.
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