30 de junho de 2008

Celebridades na Publicidade

A revista EXAME de junho (18/06) faz um raio x sobre a China...recomendo a leitura, porém a publicação fala também da utilização de celebridades em campanhas publicitárias e a crescente participação de estrelas mundias nas propagandas brazucas.

Com a valorização do real frente ao dólar e o alto cachês de estrelas brasileiras como Gisele Bündchen e Ivete Sangalo ( U$ 1.300.000 e U$ 1.250.000 respectivamente), temos visto frequentemente a presença de celebridades hollywodianas nas telinhas nacionais.

Os exemplos mais recentes foram Sarah Jessica Parker para o lançamento do shopping Cidade Jardim em SP (Sarah= Sex in the city=moda) , Pierce Brosnan para o Vectra, Richard Gere para Niyele Gold e nosso quase imortal amigo Jack Bauer, vulgo Kiefer Sutherland, para o Citroen C4 Palas.


Em discussão online com nosso amigo Beagle, chegamos a conclusão que foram escolhas acertadas para os diferentes públicos das empresas anunciantes. Além disso, a simples presença destas estrelas do alto escalão do cinema acabam gerando mídia espontanêa para as marcas.

Duílio Malfatti, presidente da Euro Brasil, agência da Citroen, informa que ao todo foram publicados mais 156 artigos e mais de 200 fotos sobre a presença de Kiefer no Brasil, o que teria custado mais de R$ 4.000.000 milhões em investimento de mídia.

Vamos combinar também que ninguém aguenta mais a Ivete, o Selton Melo e agora o Dan Stulbach para o Itaú.

Alguns dados sobre a presença de estrelas na Publicidade Brasileira (Via BlueBus/Controle da Concorrência): A RedeTV é a emissora que exibe maior percentual de comerciais com celebridades, 21,7%. Na sequência aparecem a Band (18,7%), o SBT (18,4%) e a Record (12,1%). A Globo é a que mostra menos, somente 11,6% são comerciais com famosos.

E que tipo de celebridade mais aparece na publicidade na TV?

Na Rede TV são os humoristas (28% das inserçoes com famosos). Eles também lideram na Band (48%). No SBT, são os cantores (31% dos comerciais com celebridades). Na Record, a divisao é mais equilibrada, com atores, cantores e humoristas presentes, cada grupo, em cerca de 27% das inserçoes com famosos. Na Globo, os atores lideram - estao em 35,7% dos comerciais. Os ex BBBs, considerados na pesquisa também como celebridades, só foram encontrados em comerciais na Record e no SBT e participam de um percentual pequeno de inserções.

Supervalorização dos nomes e logos

Minha opinião sobre a importância que se dá ao nome e ao logotipo das marcas causa um pouco de polêmica, principalmente entre os designers e publicitários. Essa matéria do Estado de Minas de domingo reforça um pouco esse meu pensamento.
É claro que não sou xiita o suficiente para dizer que "qualquer nome ou qualquer logo" servem. Tenho a consciência de que ajudam no processo de posicionamento e tudo mais. Mas se eles são supervalorizados? Ah... isso com certeza. Até porque 98% das pessoas (com excessão de nós comunicólogos) não tem a mínima noção da história por trás dos nomes e logomarcas, o que cada coisa simboliza (como no caso da Mercedes citado na matéria). Para a grande massa, são apenas nomes e símbolos que diferenciam a marca A da marca B. Eles não sabem que o nome ??? vem do tupi, que quer dizer sei lá o quê. Daí minha visão de achar exagerada e quase uma picaretagem essas disciplinas de naming ou similares. Tenho uma certa birra com isso.

Uma marca não precisa ter um primor de logomarca ou nome. Muito pelo contrário! Basta pegar as marcas mais valiosas do mundo e dar uma olhada. E mesmo quando pensamos que "ah, olha que nome bem pensado, tem tudo a ver !", podemos descobrir que foi tudo por acaso (como no caso da Sadia). E muitas marcas quebram qualquer projeção de insucesso, como o caso da Maizena: "Tinha tudo para dar errado no Brasil, desde as propagandas incentivando as crianças a tomarem mingau para engordar até a grafia equivocada, que deveria ser escrita com “S”, em português. Deu tão certo, entretanto, que, passados 126 anos, muitos brasileiros adotaram a grafia do produto em inglês, que vem de 'maize', o mesmo que milho."

A discussão rende um bocado. Difícil mensurar em porcentagem qual a importância de um nome bem escolhido, de uma logo bem resolvida, de um slogan. Mas sei que no processo de gestão de marcas, o nome/logo é um mero detalhe.

27 de junho de 2008

Dica de Site

Coleguinhas,
Recebi essa dica e achei interessante passar pra vocês.

http://www.mercadocompetitivo.com.br/site/index.jsp

Lá no site tem umas matérias bem interessantes sobre Marcas.
Destaque para as matérias "O Grande Salto das Marcas", "Sua Marca é Autêntica?", "Marcas Olímpicas", "A Importância de Pequim para as Marcas" e "Uma Grande Administradora de Marcas", dentre outras.
O cadastro para acesso ao site é gratuito e rápido.

Wolff Olins

Essa semana tive a honra de entrar em contato com uma das maiores consultorias de branding do mundo, a Wolff Olins.
Eles possuem escritórios em Londres e NY e atendem clientes como Apple e Starbucks.
No Brasil, foram eles que fizeram o trabalho de branding da Oi.
Cruzem os dedos, pois há chances deles fazerem um trabalho em Minas.
Acessem o site: http://www.wolffolins.com/
Bjs

26 de junho de 2008

Áudio 3D

Eu também vou sair um pouco do assunto do Blog, mas novidade nunca é problema, né.
Pelo menos novidade para mim. Ainda não tinha ouvido falar em sonorização 3D, apesar de já estar presenciando a volta de imagens 3D, através de novas produções de Hollywood. Mas, infelizmente ainda não podemos experimentar a sensação por causa das nossas salas de cinema.
Então, para conhecermos um pouco dessa nova sensação, vou passar um link de sonorização 3D que acabei de escutar e adorei.
Vocês se sente realmente sentada/o na cadeira de um barbeiro. E para quem adora cortar cabelo, como eu, a sensação é ainda melhor.

http://david-heron.me.uk/blog/2007/04/08/virtual-barbershop/

Dica: coloquem o fone de ouvido e fechem os olhos. É realmente uma experiência nova.

RSS

Vou fugir um pouquinho do assunto do blog, mas que poderá auxiliar muita gente nas discussões. Quem está acostumado a visitar blogs, pode ver que a maior parte deles hoje já possui RSS para que você possa acompanhar. Para quem não conhece o RSS, sugiro pesquisar.

Eu utilizo o iGoogle (para quem não conhece ainda, também é outra maravilha). Atendendo a pedidos, alguns dos RSS que eu acompanho diariamente na minha página inicial:

Blogs muito bons já citados pelo Dadá em post anterior:
Brainstorm #9: http://feeds.feedburner.com/brainstorm9
Uptade or Die: http://updateordie.com/feed/

Mas mais do que isso, vários sites e portais de notícias também possuem esse serviço. Alguns do que tenho acompanhado:

Meio & Mensagem
UPDATE: Coloquei no menu lateral uma opção para acesso fácil ao RSS tanto para as postagens quanto para os comentários

Dica de Livro

O Jogo das Marcas - Inspiração & Ação. Uma proposta inovadora para o tema criação e gestão de marcas.

Conceitos fundamentais são desenvolvidos pelos autores no primeiro livro sobre gestão de marcas escrito por brasileiros, com foco claro na realidade do país.
Juca e Tortorelli contam e analisam, de maneira descontraída e criativa, mais de 100 cases vivenciados por empresas no Brasil.

Bem, confesso que acabei de comprar e ainda não comecei a ler. Mas só o fato de saber que já temos escritores brasileiros dedicados ao assunto já nos anima bastante, não?
Boa leitura!

25 de junho de 2008

O crescimento das redes sociais

Não é novidade o poder que as rede sociais têm e também não é novidade que temos que entendê-las como ferramentas de marketing e branding!


Laura Ries em seu blog fala como o MySpace saiu na frente nos Eua com o foco na combinação jovem+música. Laura aproveita para falar um pouco sobre outras redes como o Facebook e o Linkedin e também reforçar o dogma maior da vida dela e de seu pai: o posicionamento.


Na edição deste ano, Cannes deu atenção especial à Internet e ações que acabam de vez com as linhas da propaganda. Jay Stevens, vp da Fox Interactive Media, controladora do MySpace, passou por lá e fez uma palestra sobre a rede. Entregou para todos presentes um pen drive com uma apresentação muito bacana e cheia de informações sobre o público que acessa as redes sociais. (quem quiser eu passo por e-mail)


Esta semana o Facebook ultrapassou o MySpace em número de visitantes únicos (123.9 milhões X 114.6 milhões) e pageviews (50.6 bilhões X 45.4 bilhões) em um único mês. (via Updaterodie)


Além de ser um pouco mais "cool" na minha opinião, o Facebook é mais interativo. A plataforma do "FB" permite que os usuários adicionem vários aplicativos e utilidades, o que tornam a experiência de visitar o site muito mais interessante.
Neste fim de semana, o Facebook disponibilizou a opçao em português do sistema, o que deverá atrair novos "consumidores".


Falando de Branding nas redes sociais, o Brainstorm9 dá exemplo de uma ação gigantesca da Visa no Facebook. Com investimento de mais de 2 milhões de doletas e em parceria com o Google, a Visa pretende se aproximar dos pequenos e médios empresários criando um canal de serviços (leia consultoria e crédito de U$100,00 para as 20.000 primeiras empresas inscritas) dentro da rede social.


É um grande exemplo de presença de marca nas redes sociais, atuando de forma efetiva e interativa e ainda estabelecendo vínculos relevantes com os consumidores.


O que acham??

Harley Davidson Company e o Branding Cultural

E ae pessoal! Para iniciar nossas discussões sobre branding, escolhi a Harley Davidson. Meses atrás fiz uma série de estudos sobre a marca, com intuito de enriquecer o trabalho final da especialização (em parceiria com o estimado Douglas). Achei muito interessante e continuei a ler sobre o tema. Hoje tenho uma visão mais apurada de como aconteceu tal processo de branding: uma co-autoria. A HDC não se tornou uma lovemark por causa de seus esforços de marketing, exclusivamente.

Muito se lê sobre o case Harley Davidson, exemplo de recuperação e tomada de liderança de mercado. Muitas também foram as tentativas frustradas de pisar suas pegadas. Acontece que a Harley teve sua marca associada ao ethos do motoqueiro marginalizado, que por sua vez figurava masculinidade e liberdade numa época em que os EUA passavam por um maciço processo de industrialização (anos 1960) que desvalorizava o trabalhador de classe média. Essa classe então ansiava ser como aqueles motoqueiros em suas Harleys, rodando o país desfrutando liberdade, mulheres e dizendo "fuck" a qualquer incômodo.


Além das políticas protecionistas, a HDC também foi agraciada pela Indústria Cultural, que transformou a marca num símbolo incontestável de liberdade e masculinidade pela sua associação à homens de ação (como em Exterminador do Futuro II). Acontecimentos anteriores, como motocicletas Harley em frentes de batalhas e outros relacionados aos Hell's Angels (gangue de motoqueiros), maciçamente divulgados na mídia, contribuíram para a construção do mito Harley Davidson. Uma comunidade de marca, criada pelos usuários entusiastas, outro mecanismo de marketing não intríseco da HDC, também foi muito importante em todo processo.

Com esta ótica, Douglas B. Holt, em Como as Marcas se Tornam Ícones (Cultrix/meio&mensagem), desenvolve o conceito de Branding Cultural. Um tema interessante!

É isso! Quem quiser conferir meu trabalho de conclusão:
http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Analise_do_Branding_da_marca_harley_Davidson.htm

Grande abraço!
Gladiston Dexter Jr.